O ato mediúnico é o momento em que o espírito comunicante e o médium se fundem na unidade psico-afetiva da comunicação. O espírito aproxima-se do médium e o envolve nas suas vibrações espirituais. Essas vibrações irradiam-se do seu corpo espiritual atingindo o corpo espiritual do médium. A esse toque vibratório, semelhante ao de um brando choque elétrico, reage o perispírito do médium. Realiza-se a fusão fluídica. Há uma simultânea alteração no psiquismo de ambos. Cada um assimila um pouco do outro. Uma percepção visual desse momento comove o vidente que tem a ventura de captá-la. As irradiações perispirituais projetam sobre o rosto do médium a máscara transparente do espírito. Compreende-se então o sentido profundo da palavra intermúndio. Ali estão, fundidos e ao mesmo tempo distintos, o semblante radioso do espírito e o semblante humano do médium, iluminado pelo suave clarão da realidade espiritual. Essa superposição de planos dá aos videntes a impressão de que o espírito comunicante se incorpora no médium. Daí a errônea denominação de incorporação para as manifestações orais. O que se dá não é uma incorporação, mas uma interpenetração psíquica, como a da luz atravessando uma vidraça. Ligados os centros vitais de ambos, o espírito se manifesta emocionado, reintegrando-se nas sensações da vida terrena, sem sentir o peso da carne. O médium, por sua vez, experimenta a leveza do espírito, sem perder a consciência de sua natureza carnal, e fala ao sopro do espírito, como um intérprete que não se dá ao trabalho da tradução.
O ato mediúnico natural é esse momento de síntese afetiva em que os dois planos da vida revelam o segredo da morte: apenas um desvestir do pesado escafandro da matéria densa.
O ato mediúnico normal é uma segunda ressurreição, que se verifica precisamente no corpo espiritual que, segundo o Apóstolo Paulo, é o corpo da ressurreição. O espírito volta à carne, não a que deixou no túmulo, mas a do médium que lhe oferece, num gesto de amor, a oportunidade do retorno aos corações que deixou no mundo.
Quando o ato mediúnico é assim perfeito e claro, iluminado por uma mediunidade esclarecida e devotada ao bem, não há gigante que não se curve reverente ante o mistério da vida imortal. O médium se torna o instrumento da ressurreição impossível, provando aos homens que a morte não é mais do que lapso no intermúndio que separa os vivos na carne dos vivos no espírito. Compreende-se então o fenômeno da Ressurreição de Jesus, que não foi o ato divino de um Deus, mas o ato mediúnico de um espírito que dominava, pelo saber e a pureza, os mistérios da imortalidade.
É fundamental saibamos bendizer o momento propício de servir, sem jamais perder o merecimento.
Somos devedores uns dos outros, vínculos incontáveis nos emparelham os corações. Por enquanto, não há paraíso perfeito para quem retorna ao campo terrestre, tanto quanto não existe purgatório permanente para quem regressa ao humano sorvedouro. O amor é a força divina alimentando-nos em todos os setores da vida e a nossa melhor herança é o trabalho com que nos compete ajudar-nos mutuamente. Pois, ainda não sabemos querer sem desdenhar, proteger sem deixar de servir.
Isso nos leva acreditar que o Divino Mestre, em nos ensinando a desculpar todas as faltas do próximo, predispunha-nos ao melhor processo de viver em paz. Quem não sabe desprender-se dos contratempos da vida, não pode separar-se do mal. Um indivíduo que esteja estacionado em lembranças desgostosas caminha sempre com a irritação permanente. Um indivíduo que não sabe desculpar vive habitualmente isolada. Ninguém tem apreço a presença daqueles que somente derramam de si mesmos o azedume da queixa ou da censura.
A alma que não perdoa, conservando o mal consigo, assemelha-se ao vaso cheio de lama e fel. Não é o coração possa revigorar o nosso. Não é alguém capaz de ajudar-nos a vencer as dificuldades. Se apresentamos nossa mágoa a um companheiro dessa espécie, quase sempre nossa mágoa fica maior. Por isso mesmo Jesus aconselhava-nos a perdoar infinitamente, para que o amor, em nosso espírito, seja como o Sol brilhando em casa limpa.
Mas, em todos os lugares viveremos associados às conseqüências dos próprios atos, de vez que somos herdeiros de nossas próprias obras.
Há indivíduos, na vida terrena, que não se previnem contra os desvarios da inteligência e fazem da esperteza e da ostentação o ambiente em que respiram. Persistem na falta de empenho do coração, abominam o sentimento de boa qualidade que consideram desprezível e transformam a cabeça em um laboratório de desvirtuamento dos valores da vida. Não cuidam senão dos próprios interesses, não amam senão a si mesmos. Não percebem, contudo, que se ressecam interiormente e nem imaginam os resultados perversos da mentalização para o mal. Comumente, no enfrentamento mundano, evidenciam na condição de dominadores poderosos, com amplo poder de influência sobre amigos e adversários, conhecidos e desconhecidos. Porém, esse resultado é enganoso. Caem sob o guante da morte com grande alívio dos contemporâneo e passam a receber-lhes as vibrações de repulsa. Semelhantes criaturas naturalmente são vítimas de si mesmas e sofrem os mais complicados transtornos psíquicos. Depois de períodos mais ou menos longos de depuração, após a passagem da morte, retornam ao vaso carnal, necessitados de silêncio e solidão para se desprenderem dos envoltórios inferiores em que se envolveram, assim como a semente necessita do isolamento na cova escura para desfazer os elementos pesados que a submetem para novo desabrochar.
Voltando ao campo terreno, atraímos os acontecimentos agradáveis ou desagradáveis segundo os títulos de trabalho que já conquistamos ou conforme as nossas necessidades de libertação.
Não se deve fugir às responsabilidades, porque o tempo é implacável e porque o trabalho que nos compete não será transferido a ninguém.
Aquilo que não se efetua em um século, pode acontecer em outro.
O contato com o reino espiritual, enquanto nos demoramos no envoltório terrestre, não pode ser dilatado em toda a extensão, para que nossa alma não diminue o interesse de lutar decentemente até o fim do corpo.
Conforme a vida de nossa mente, assim vive nosso corpo espiritual.
A paixão cega sempre. Nossa vida psíquica é a nossa vida verdadeira e, por isso, quando a paixão nos ocupa a fortaleza íntima, nada vemos e nada registramos senão a própria perturbação.
A percentagem quase total das enfermidades humanas guarda origem no psiquismo. Orgulho, vaidade, paixão, tirania, egoísmo, preguiça e crueldade são vícios da mente, originando distúrbios e doenças em seus instrumentos de expressão.
Por isso que existem os vales purgatoriais, depois do túmulo, pois a morte não é redenção. O inferno é uma criação de almas desiquilibradas que se agrupam, assim como charco é uma coleção de núcleos lodacentos, que se congregam uns aos outros.
A enfermidade, como desarmonia espiritual, sobrevive no persipírito.
O tempo de inferno restaurador corresponde ao tempo de culpa deliberada. A purificação exige esforço, sacrifico, paciência e resignação.
A permanência no campo físico funciona como recurso de eliminação da ferida que trazemos nos delicados tecidos da alma. A carne, em muitos casos, é assim como um filtro que retém as impurezas do corpo perispiritual, liberando-o de certos males nela adquiridos.
O corpo de carne é uma oficina em que nossa alma trabalha, tecendo os fios do próprio caminho.
Se o Criador envia os Espíritos a instruir os indivíduos, é para que estes se esclareçam sobre seus deveres, é para lhes mostrarem o caminho por onde poderão abreviar suas provas e, conseguintemente, apressar o seu progresso. Todavia, de par com Espíritos bons, que desejam o vosso bem, há igualmente os Espíritos imperfeitos, que desejam o mal. Ao passo que uns vos impelem para a frente, outros vos puxam para trás. Saber diferenciá-los é muito importante a nossa atenção, pois o meio é fácil, trata-se unicamente de compreendermos que o que vem de um Espírito bom não prejudicar a quem quer que seja e que tudo o que seja mal somente pode vir de um mau Espírito.
A natureza dos sentimentos recíprocos que dois indivíduos manifestam é a pedra de toque para se conhecer a natureza dos Espíritos que os assistem.
Todos os indivíduos são médiuns, todos possuem um Espírito que os orienta para o bem, quando sabem escutá-lo. Contudo, que uns se comuniquem diretamente com ele, valendo-se de uma mediunidade especial, que outros não o escutem senão com o coração e com inteligência, pouco importa: não deixa de ser um Espírito familiar quem os aconselha. Chamando de Espírito, razão, inteligência, é sempre uma voz que responde à vossa alma, pronunciando boas palavras.
Devemos ouvir essa voz interior, esse bom gênio, que nos fala incessantemente e chegaremos progressivamente a ouvir o nosso anjo guardião.
As faculdades de que tiram proveito os médiuns lhes conseguem os elogios dos indivíduos. As parabenizações, as bajulações, promovem aos médiuns o perigo.
Não devemos nos deixar envolver por este sentimento, que produz a vaidade e o orgulho, para que os bons Espíritos não nos abandone e, que não nos tornemos joguete dos maus espíritos, ficando os médiuns sem bússola para se orientarem.
É indispensável recomendar aos médiuns que devem confiar ao nosso anjo guardião, para que nos auxilie a estar sempre em alerta contra os nossos mais perversos inimigos, que são a vaidade e o orgulho.
Os Espíritos tutelares encontram-se em todas as esferas, entretanto é necessário fazer algumas observações sobre os anjos da guarda. São os anjos da sublime vigilância, examinados em sua magnificência divina, seguem-nos a longa estrada evolutiva. Dedicam-se por nós, dentro das leis que nos regem, todavia, não podemos esquecer que nos movimentamos todos em círculos multidimensionais. A cadeia de elevação do Espírito vai da familiaridade do abismo à extrema glória divina.
É importante e interessante recordar que estamos estabelecendo nossa individualidade imperecível no espaço e no tempo, ao preço de continuidades e difíceis experiências. A idéia de um ser divinizado e perfeito, indiscutivelmente ao nosso lado, ao dispor de nossos caprichos ou ao sabor de nossas dividas, não concorda com a justiça.
Anjo, segundo a acepção justa do termo, é mensageiro. Por quanto, há mensageiros de todas as condições e de todas as procedências e, por isso, a antiguidade sempre admitiu a existência de anjos bons e anjos maus. Anjo de Guarda, desde os conceitos religiosos mais antigos, é uma expressão que define o Espírito celeste que vigia o indivíduo em nome do Criador ou ente que se dedica infinitamente a outra, ajudando-a e defendendo-a. Em qualquer região, convivem conosco os Espíritos familiares de nossa vida e de nossa luta. Dos seres mais insensíveis aos mais nobres, temos a corrente de amor, cujos elos podemos simbolizar nas almas que se querem ou que se afinam umas com as outras, dentro da infinita transição do progresso. Todos nós, por mais baixo nos revelemos na escala da evolução, possuímos, não longe de nós, alguém que nos ama a impulsionar-nos para a elevação.
A família espiritual é uma constelação de inteligências, cujos membros estão no campo terreno e na plenitude celeste.
Todas as pessoas, individualmente, contam com glorificáveis devotamentos de entidades afins que se lhes estimam. Em nome do amor, todas as almas recebem assistência onde quer que se encontrem. Irmãos mais velhos ajudam aos mais novos. Mestres inspiram discípulos. Pais socorrem os filhos. Amigos ligam-se a amigos. Companheiros auxiliam companheiros. Isso ocorre em todos os planos da Natureza e, fatalmente, no plano terrestre, entre os que ainda vivem na carne e os que já atravessaram o escuro passadiço da morte. O Espírito protetor será sempre um gênio benfazejo para o tutelado, mas é inevitável anotar que nos laços afetivos, em torno de nós, ainda se encontram em marcha ascendente para mais altos níveis da vida. Com toda veneração que lhes devemos, importa reconhecer, nos espíritos familiares que nos protegem, grandes e respeitáveis heróis do bem, mas ainda singularmente distanciados da angelitude eterna. Naturalmente, avançam em linhas enobrecidas, em planos elevados, todavia, ainda sentem inclinações e paixões particulares, no rumo da universalização de sentimentos. Por esse motivo, com muita propriedade, nas diversas escolas religiosas, escutamos a intuição popular atestando: “nossos anjos de guarda não combinam entre si”, ou, ainda, “façamos uma oração aos anjos da guarda”, reconhecendo-se, instintivamente, que os gênios familiares de nossa intimidade ainda se encontram no campo de afinidades específicas, e precisam, por vezes, de apelos à natureza superior para atenderem a esse ou àquele tipo de serviço.
Também, do além-túmulo, se faz acolhedor informar que os nossos entes amados que partiram estendem-nos os braços.
Ensinava o Mestre Jesus, que o indivíduo terá o seu tesouro onde guarde o coração e, concretamente, todos nos magnetizamos, em espírito, às pessoas, lugares e objetos, os quais se liguem os nossos sentimentos.
Achamo-nos em evolução e cada um de nós respira no degrau em que se colocou.
Permaneçamos convencidos de que, em qualquer lugar e em qualquer tempo, receberemos da vida, de acordo com as nossas próprias obras. Ou seja, em todos os lugares viveremos ligados às conseqüências dos próprios atos, de vez que somos herdeiros de nossas próprias obras.
A mente, tanto quanto o corpo físico, deve e pode sofrer intervenções para reequilibrar-se.
A memória pode ser comparada a placa sensível que, sob a influência da luz, reserva para sempre as imagens captadas pelo Espírito, no curso de seus inumeráveis aprendizados dentro da vida. Cada existência de nossa alma, em determinada manifestação da forma, é uma adição de experiência, conservada em admirável arquivo de imagens que, em se superpondo uma às outras, jamais se confundem.
Nossas obras ficam conosco. Somos herdeiros de nós mesmos.
O trabalho renova qualquer posição mental. Gerando novos motivos de elevação e novos fatores de auxílio, o serviço estabelece caminhos outros que realmente funcionam como recursos de libertação. Por isso mesmo, o constante apelo do Criador à ação e à fraternidade se estende, junto de nós, diariamente, através de mil modos. Entretanto, quando nos demoramos na vestimenta terrestre, mais difícil se faz para nós a superação dos obstáculos mentais, porque a indolência trazida do mundo é tóxico materializante de nossas idéias, fixando-as, por vezes, durante tempo incerto. Se pretendemos possuir um perispírito tênue, capaz de conservar a luz dos nossos melhores ideais, é indispensável descondensá-lo, pela sublimação incessante de nossa mente, que necessita centralizar-se no esforço infatigáveldo bem.
O estudo da mediunidade repousa nos alicerces da mente com seu maravilhoso campo de radiações.
A mente permanece na base de todos os fenômenos mediúnicos.
O nosso ambiente mental será assim, implacavelmente determinado pelas forças psíquicas que produzimos através do pensamento, da palavra, da atitude, do ideal que apoiamos.
Assim sendo, a natureza dos nossos pensamentos, o tipo das nossas aspirações e o nosso sistema de vida, a se expressarem através de atos e palavras, pensamentos e atitudes, determinarão, sem dúvida, a qualidade dos Espíritos que, pela lei de afinidades, serão compelidos a sintonizarem conosco nas tarefas cotidianas e, especificamente nas práticas mediúnicas.
O indivíduo que se alista nas fileiras do mandato mediúnico é compelido naturalmente, a iniciar o processo de sua própria transformação moral. Não podendo ser mais violento ou grosseiro, maledicente ou ingrato, leviano ou infiel.
O pensamento que desencadeia o mal prende-se nos resultados dele, porque sofre fatalmente os choques de retorno, no veículo em que se expressa.
Tal seja a viciação do pensamento, tal será desarmonia no centro de força, que reage em nosso corpo a essa ou aquela classe de influências psíquicas.
O nosso corpo formado de matéria rarefeita está particularmente comandado por sete centros de força – os chacras -, que se ligam nas ramificações dos plexos e que, vibrando em conformidade uns com os outros, ao influxo do poder diretriz da mente, estabelecem, para nosso uso, um veículo de células elétricas, que podem ser definidas como sendo um campo eletromagnético, no qual o pensamento vibra em circuito fechado. Nossa posição mental determina o peso específico do nosso envoltório espiritual e, consequentemente, o ambiente que lhe compete. Na verdade, é uma conseqüência do próprio padrão vibratório, pois, cada qual de nós respira em determinado tipo de onda. Quanto mais primitiva se revela a condição da mente, mais fraco é o influxo vibratório do pensamento, induzindo a compulsória aglutinação do ser às regiões da consciência embrionária ou torturada, onde se reúnem as vidas inferiores que lhe são afins. O crescimento do influxo mental, no veículo eletromagnético em que nos movemos, após abandonar-mos o corpo terrestre, está na medida da experiência adquirida e arquivada em nosso próprio Espírito. Atentos a semelhante realidade, é fácil compreender que sublimamos ou desequilibramos o delicado agente de nossas manifestações, conforme o gênero de pensamento que nos flui da vida íntima. Quanto mais nos aproximamos da esfera animal, maior é a concentração sombria de nossa organização, e quanto mais nos elevamos, ao valor do esforço próprio, no rumo das jubilosas construções do Espírito, maior é a sutileza de nosso envoltório, que passa a combinar-se facilmente com a beleza, com a harmonia e com a luz reinantes na criação divina.
Analisando a fisiologia do perispírito, os seus centros de força, são classificados conforme as regiões mais importantes do corpo terrestre. O “centro coronário” que, na Terra, é considerado pela Filosofia Hindu como sendo o Lótus de mil pétalas, por ser o mais significativo em razão do seu alto potencial de radiações, de vez que nele assenta a ligação com a mente, brilhante sede da consciência. Esse centro recebe em primeiro lugar os estímulos do Espírito, comandando os demais, vibrando todavia com eles em justo regime de interdependência. Considerando em nossa exposição os fenômenos físicos, simplificadamente, deve-se afirmar que dele emanam as energias de sustentação do sistema nervoso e suas subdivisões, sendo o responsável pela alimentação das células do pensamento e o fornecedor de todos os recursos eletromagnéticos indispensáveis à estabilidade orgânica. É, por isso, o grande absorvedor das energias solares e dos raios da espiritualidade superior capazes de favorecer a sublimação da alma. Logo após, anotamos o “centro cerebral”, vizinho ao centro coronário, que ordena as percepções de variada espécie, percepções essas que no corpo carnal, constituem a visão, a audição, o tato e a vasta rede de processos da inteligência que dizem respeito à palavra, à cultura, à arte e ao saber. É no centro cerebral que possuímos o comando do núcleo endócrino, referente aos poderes psíquicos. Em seguida, temos o “centro laríngeo”, que orientaos fenômenos vocais, inclusive às atividades do Timo, da Tireóide e das Paratireóides. Logo após, identificamos o “centro cardíaco”, que sustenta os serviços da emoção e do equilíbrio geral. O quinto centro de força ou “centro esplênico” que, no corpo denso, está sediado no baço, regulando a distribuição e a circulação adequada dos recursos vitais em todos os esconderijos do veículo de que nos servimos. O sexto centro de força ou “centro gástrico” é o centro que se responsabiliza pela penetração de alimentos e fluidos em nossa organização; e por fim, o sétimo centro de força ou “centro genésico”, em que se localiza o santuário do sexo, como templo modelador de formas e estímulos.
Entretanto, não devemos nos esquecer que o nosso veículo sutil, tanto quanto o corpo de carne, é criação mental no caminho evolutivo, confeccionado com recursos tomados transitoriamente por nós mesmos aos celeiros do Universo, vaso de que nos utilizamos para ambientar em nossa individualidade eterna a divina luz d sublimação, com que nos cabe demandar as esferas do espírito puro. Tudo é trabalho da mente no espaço e no tempo, a valer-se de milhares de formas, a fim de depurar-se e santificar-se para glória divina.
Quando a nossa mente, por atos contrários à lei divina, prejudica a harmonia de qualquer um desses alicerces de nossa alma, naturalmente, se submete aos efeitos da ação desequilibrante, obrigando-se ao trabalho de reajuste.