Auxiliares Invisíveis
Prezados Irmãos da Jornada Espírita.
Eminentes Provedores do Bem.
Searistas do Sagrado Amor.
Jesus, disse: Orai e Vigiai.
Allan Kardec, adicionou: Orai, Vigiai e Estudai.
Ramatis, completou: Orai, Vigiai, Estudai e Praticai.
Auxiliares invisíveis
Sob o nome de guias, em geral nos referimos às entidades que assistem cada individuo, em sua passagem pela Terra. Convém distinguir, nesse conjunto, uma entidade de outra, segundo as funções que exercem.
A assistência individual é feita por entidades ligadas de uma forma ou de outra, ao destino dos encarnados e o nome mais apropriado a lhes dar seria: protetores, assistentes espirituais.
Guias, na acepção conferida a essa palavra nos meios iniciáticos, somente os possuem indivíduos que têm missão a cumprir em relação à coletividade e isso independentemente de outros protetores e assistentes que possam os mesmos indivíduos possuir, como realmente sucede.
Esses protetores e assistentes comuns mantêm com o indivíduo ligações mais estreitas, mais íntimas e permanentes e atuam em todos os casos, interferem mesmo em detalhes da vida comum, ao passo que os Guias prôpriamente ditos somente interferem em situações de importância, agem nas grandes linhas dos acontecimentos) manifestam-se somente em ocasiões ou assuntos ligados à missão que o indivíduo deve cumprir.
E entre os guias ainda se estabelece diferenciação, havendo “guias de encarnação” — ligados ao indivíduo somente em relação aos acontecimentos de uma vida no plano material — e “guias de evolução” — ligados a períodos mais ou menos longos de suas vidas anteriores.
O médium bem formado, tanto do ponto de vista técnico como moral e que realiza sua tarefa com nobreza e desprendimento, terá oportunidade de entrar em contacto com essas diferentes categorias de entidades, e nesses contactos conseguirá identificá-las, distinguindo-as umas das outras, o que aliás é de grande utilidade ë conveniência, entre outras razões pelo fato de ficar sabendo a quem’ deve recorrer, num ou noutro caso, segundo a natureza do problema para o qual necessita de assistência ou conselho espiritual.
Para um assunto comum, da vida doméstica, por exemplo, apelará para um assistente familiar, ao passo que para uma decisão ligada à vida pública, dirigir-se-á ao guia de encarnação, e assim por diante.
Nos casos, por exemplo, de moléstias ou de dificuldades domésticas são os assistentes familiares que intervêm, esclarecendo que apontando o que convém fazer.
Nos casos de curas à distância, realizadas em sessões espÍritas de centros ou grupos, o operador invisível, responsável pelo trabalho, nem sempre examina direta ou pessoalmente o doente, mas simplesmente lança a interrogação ao assistente familiar, que imediatamente responde dando os esclarecimentos necessários; aliás é este a melhor autoridade para fazê-lo porque está em contínuo e perfeito contacto com o protegido, conhece todos os detalhes da questão e pode dar uma informação segura e precisa.
Somente nos casos em que a interrogação feita ou a decisão a tomar escapa de sua alçada ou dos limites de suas atribuições é que eles mesmos, os familiares, recorrem aos guias de encarnação, que possuem maior autoridade e saber e que conhecem além disso as ligações cármicas da vida atual do protegido que quase nunca são do conhecimento do assistente familiar.
Os familiares, protetores e guias, estão ligados à vida do individuo encarnado ou porque o pediram, em virtude de razões afetivas, ou porque receberam tais tarefas, para efeito de resgates cármicos. Têm portanto todo interesse em levar a bom termo suas missões se bem que, na maioria dos casos, encontrem grandes dificuldades em realizá-las por falta de compreensão, conhecimentos espirituais, possibilidades de ligação, entendimento, sensibilidade e fé, da parte dos assistidos.
É preciso, pois, por todos os meios, procurar contactos com os assistentes espirituais, já que representam eles para todos nós preciosa fonte de esclarecimento, conselho e ajuda. Pensando neles constantemente estamos nos ligando; pedindo seu auxílio nos casos que escapam de nossas forças, estamos nos ligando; englobando essas entidades nas preces que diariamente fazemos, estamos também nos ligando; mas é necessário além de tudo isso reservar, de nossos labores quotidianos, alguns momentos para meditações diárias durante as quais os procuramos com nossos pensamentos, ajustamos com eles, em sincero e franco entendimento mental os assuntos mais graves de nossa vida e, com auxílio das inspirações que então recebemos, retificamos nossos rumos.
É sabido, como já dissemos, que os assistentes não fazem o nosso trabalho, não carregam o nosso fardo, pois que isso seria contrário às leis da vida espiritual, entre outras razões porque nos tiraria o mérito da obra e destruiria o livre arbítrio individual, que é coisa sagrada; mas simplesmente nos orientam, nos aconselham, estimulam e inspiram o procedimento mais acertado e conveniente. Ouvi-los é, pois, ter prudência; obedecê-los, é demonstrar sabedoria.